segunda-feira, 22 de abril de 2013

Utopia

No mundo em que estou fisicamente eu não posso ser esse eu, porque no final eu me dei conta de que não dá para viver em uma utopia, não dá para viver somente na mente. Cheguei a conclusão de que você pode não ter escolhido a vida que tem, mas o caminho que você fez e escolheu, te levou para essa vida. Por mais duro que seja, por mais difícil que seja, você tem que aceitar, ou você morre por dentro.
Não posso mais me adaptar no meu mundo utópico, porque descobri que ele me faz mal. Não posso ficar preso às histórias de mundos criados na minha mente, porque eu sei que os mundos são melhores que esse mundo em que vivo fisicamente, e eu cheguei a tal ponto que prefiro viver nesses mundos do que viver na realidade. A utopia de um menino que sai todos os dias da semana para ficar com seus amigos e amigas e simplesmente esquece a realidade. Cômico... e triste.
Decidi destruir meus mundos utópicos, decidi que não vou me dar o direito de escapar da realidade sempre que eu quiser. Eu estou na realidade, eu posso até fugir, mas não posso me esconder. Meu físico sempre vai estar aqui, eu sempre vou estar aqui, mesmo não estando. Igual a todos que estiveram... E ao destruir estes mundos, deixarei muito e muitos para trás, deixarei pessoas que realmente me tocaram e que eu criei muitos laços e bastante consideração, mas é necessário. Eu não quero, mas preciso. Mas eu prometi para mim mesmo, que quando eu sair do poço, eu vou encontrar um meio de conseguir me comunicar com meus colegas que conviveram o mesmo espaço que eu enquanto estava la dentro, porque no final das contas, criei laços com eles, e também, a vida não tem graça se for só lucidez.

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