domingo, 28 de julho de 2013

Um dia a gente se vê

Espero que um dia, alguém possa ler isso. Espero que um dia algum possa ler e entender como é a dor de não pedir para nascer,  como é a dor de não poder escolher seu passado e a dor de não poder escolher sua origem.

Eu nunca me encontrei, nunca consegui saber quem eu sou, e até agora eu só sei o que sou. E eu sou isso: um perdido. Saí  desse mundo e fui me perdendo para tentar me encontrar, e no desespero de tentar cegamente entender quem eu sou, eu esqueci o caminho de volta. Infelizmente a realidade me puxou de volta, e agora eu sou um perdido no mundo real.
Talvez eu me sinta assim por não me permitir ser feliz. E talvez eu não me permito ser feliz porque eu não mereço ser. Dizem que felicidade é questão de escolha. Eu digo que felicidade é questão de atitude. Suas atitudes formarão o caminho para encontrar sua felicidade. O problema é que ninguém te ensina isso quando você é pequeno.
Cheguei  em um ponto extremo, que eu julgo que já fiz tudo errado e não dá mais para voltar atrás. Cheguei no ponto em que eu afirmo que não sou ninguém.  Se um dia eu não acordar, alguém além de meus pais vai lembrar de mim até seus últimos dias? Sou uma coisa de 16 e anos não posso ser chamado de pessoa, porque uma pessoa sabe o que é, ou quem é. Eu não me permito ser isso. Eu não gosto da “coisa” que eu me tornei.
Uma vez eu li que o que importa não é o amor que você sente pelos outros, e sim o amor pela vida. Eu infelizmente não aprendi a amar a vida. E infelizmente cansei de amar os outros e me foder, então essa isso é um adeus. Um dia a gente se vê...
Pedro Teixeira.

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