domingo, 28 de julho de 2013

Um dia a gente se vê

Espero que um dia, alguém possa ler isso. Espero que um dia algum possa ler e entender como é a dor de não pedir para nascer,  como é a dor de não poder escolher seu passado e a dor de não poder escolher sua origem.

Eu nunca me encontrei, nunca consegui saber quem eu sou, e até agora eu só sei o que sou. E eu sou isso: um perdido. Saí  desse mundo e fui me perdendo para tentar me encontrar, e no desespero de tentar cegamente entender quem eu sou, eu esqueci o caminho de volta. Infelizmente a realidade me puxou de volta, e agora eu sou um perdido no mundo real.
Talvez eu me sinta assim por não me permitir ser feliz. E talvez eu não me permito ser feliz porque eu não mereço ser. Dizem que felicidade é questão de escolha. Eu digo que felicidade é questão de atitude. Suas atitudes formarão o caminho para encontrar sua felicidade. O problema é que ninguém te ensina isso quando você é pequeno.
Cheguei  em um ponto extremo, que eu julgo que já fiz tudo errado e não dá mais para voltar atrás. Cheguei no ponto em que eu afirmo que não sou ninguém.  Se um dia eu não acordar, alguém além de meus pais vai lembrar de mim até seus últimos dias? Sou uma coisa de 16 e anos não posso ser chamado de pessoa, porque uma pessoa sabe o que é, ou quem é. Eu não me permito ser isso. Eu não gosto da “coisa” que eu me tornei.
Uma vez eu li que o que importa não é o amor que você sente pelos outros, e sim o amor pela vida. Eu infelizmente não aprendi a amar a vida. E infelizmente cansei de amar os outros e me foder, então essa isso é um adeus. Um dia a gente se vê...
Pedro Teixeira.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Alguém

Alguém consegue me dizer
o quão escura é
a escuridão que endoidece os sãos
mencionada por Renato Russo?
Pois eu enxergo mais nada,
me perdi nos meus caminhos
me perdi me perdendo
e não consigo me encontrar.

Em mim não há mais sanidade
Me encontro viajando entre mundos
imaginando como seria minha vida
se a mesma não fosse minha,
imaginando como seria minha vida
se a mesma tivesse ido no rumo certo,
imaginando como seria
se eu tivesse me permitido,
ser feliz sendo eu mesmo.

Alguém aí consegue me provar
que eu não sou desnecessário?

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Utopia

No mundo em que estou fisicamente eu não posso ser esse eu, porque no final eu me dei conta de que não dá para viver em uma utopia, não dá para viver somente na mente. Cheguei a conclusão de que você pode não ter escolhido a vida que tem, mas o caminho que você fez e escolheu, te levou para essa vida. Por mais duro que seja, por mais difícil que seja, você tem que aceitar, ou você morre por dentro.
Não posso mais me adaptar no meu mundo utópico, porque descobri que ele me faz mal. Não posso ficar preso às histórias de mundos criados na minha mente, porque eu sei que os mundos são melhores que esse mundo em que vivo fisicamente, e eu cheguei a tal ponto que prefiro viver nesses mundos do que viver na realidade. A utopia de um menino que sai todos os dias da semana para ficar com seus amigos e amigas e simplesmente esquece a realidade. Cômico... e triste.
Decidi destruir meus mundos utópicos, decidi que não vou me dar o direito de escapar da realidade sempre que eu quiser. Eu estou na realidade, eu posso até fugir, mas não posso me esconder. Meu físico sempre vai estar aqui, eu sempre vou estar aqui, mesmo não estando. Igual a todos que estiveram... E ao destruir estes mundos, deixarei muito e muitos para trás, deixarei pessoas que realmente me tocaram e que eu criei muitos laços e bastante consideração, mas é necessário. Eu não quero, mas preciso. Mas eu prometi para mim mesmo, que quando eu sair do poço, eu vou encontrar um meio de conseguir me comunicar com meus colegas que conviveram o mesmo espaço que eu enquanto estava la dentro, porque no final das contas, criei laços com eles, e também, a vida não tem graça se for só lucidez.